Durante a 9ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Águas de São Pedro, realizada na última terça-feira, 10 de junho, a vereadora Edilene Alarcon usou a tribuna para manifestar forte preocupação com a nova política adotada pela CPFL, que deixou de entregar as contas de energia em formato físico aos moradores do município.
A parlamentar foi enfática ao apontar a gravidade da situação, especialmente por conta do perfil etário da população local. "Mais de 80% dos nossos moradores são idosos. Muitos não têm familiaridade com tecnologia, não sabem imprimir boletos ou realizar pagamentos pela internet. Isso é um absurdo! Estamos falando de um serviço essencial, e a CPFL simplesmente decidiu ignorar essa realidade", destacou a vereadora.
Segundo Edilene, ao procurar diretamente a CPFL em busca de esclarecimentos, foi informada de que os usuários devem acessar um aplicativo ou o site da empresa para imprimir suas contas de luz. A resposta indignou a parlamentar, que reforçou o direito do consumidor à entrega domiciliar.
"Fiquei indignada! Ninguém é obrigado a baixar aplicativo ou acessar site para ter acesso a algo que é de obrigação da empresa. A CPFL precisa respeitar o Código de Defesa do Consumidor. Emitir a conta é obrigação, mas entregar também é. Não se trata apenas de comodidade, é uma questão de respeito com o consumidor", declarou.
Edilene afirmou que está buscando soluções legais para reverter a decisão da empresa e, se necessário, vai acionar o Ministério Público. "Vou lutar até o fim para garantir os direitos dos moradores de Águas de São Pedro. Se for preciso, acionaremos a Justiça para que a CPFL cumpra o seu dever e respeite os nossos cidadãos", concluiu a vereadora.