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Profissional atua para devolver autonomia de atividades diárias como se higienizar, por exemplo
Escovar os dentes, vestir uma camisa, lavar as mãos ou se higienizar são atividades simples que, para a maioria das pessoas, são feitas de maneira automática. No entanto, quando existe algum tipo de limitação ou incapacidade para realizá-las é necessária a intervenção e a atuação do terapeuta ocupacional, que é o um dos elos de apoio na recuperação do paciente.
O profissional, lembrado neste dia 19, se especializa e se qualifica para trabalhar habilidades e limitações de cada pessoa, criando junto do paciente, novas formas de fazer o que ele quer e precisa, com a maior autonomia e independência possíveis.
De acordo com a terapeuta ocupacional do Saúde Inteligente, da operadora Santa Casa Saúde Piracicaba, Maria Angela Barreira, o leque de atuação vai desde uma mudança na forma de realizar uma atividade até o planejamento abrangente de como executar uma atividade para realizá-la da forma mais eficiente possível. “Existem situações as quais precisamos ainda elaborar ou criar adaptações para que essas atividades possam ser executadas, seja por meio do auxílio de um equipamento, como a cadeira de rodas, por exemplo, seja com modificações ambientais para facilitar a funcionalidade e a participação nas atividades”, explica.
Para Angela, todo estudo e capacitação do profissional de TO deve estar atrelado ao atendimento humanizado. “Sempre digo que o terapeuta ocupacional precisa olhar para o indivíduo. Os exames são importantes? Com certeza! Mas naquele momento, é o olhar, é o gesto desse paciente que vai me dizer o que ele mais precisa. É nessa lacuna que atuamos. É no respeito àquele indivíduo que está aqui na minha frente. E é isso que faz toda diferença na evolução e na melhora de quem é assistido”, salienta.
Atualmente, no ambulatório do Saúde Inteligente, há cerca de 80 pacientes em atendimento terapêutico e outros 40 recebem atendimento domiciliar. Entre as atribuições deste profissional está a de intervir no cotidiano das pessoas, avaliando o desempenho ocupacional em áreas de autocuidado, trabalho, lazer, capacidades cognitivas, sensoriais, motoras e sociais, melhorando o dia a dia de seus pacientes ao possibilitar meios para que realizem atividades cotidianas de maneira autônoma.
“O processo de reabilitação é uma rede de apoio e o terapeuta ocupacional é um elo importante nessa teia, que conta com a atuação de multiprofissionais. É de fundamental importância porque tem como foco devolver àquela pessoa a possibilidade de retomar suas atividades básicas de vida diária, como beber água, se higienizar, por exemplo. Acredito que essa é a condição de maior respeito a ser resgatado no indivíduo, é o ponto principal dentro da reabilitação. Talvez, o paciente não consiga, dependendo do seu comprometimento, sair de casa, mas se ele tiver a dignidade resgatada para conseguir se higienizar e se alimentar já é um grande passo”, salienta.