Dizem que, lamentavelmente, cometendo erros é que o ser humano aprende a acertar. Pois bem, o povo brasileiro não pode permitir, mais uma vez, que a extrema-direita e o centrão inviabilizem um governo eleito para melhorar a vida de todos e propiciar o desenvolvimento nacional com justiça e distribuição de renda. Não podemos mais aceitar golpes contra a democracia e nossos direitos.
Isto é exatamente o que está em curso no nosso país hoje e precisamos nos levantar vigorosamente para impedir. Trata-se de um golpe diferente, no qual uma maioria formada por deputados de direita e extrema-direita e tantos outros parlamentares fisiologistas trabalham para impedir o presidente Lula de aplicar seu programa de governo e extrapolam suas prerrogativas constitucionais para, ao mesmo tempo, se beneficiarem do dinheiro público e defenderem os segmentos mais ricos e privilegiados da sociedade.
Coerente com o que propôs nas eleições de 2022 e para o que foi eleito, o presidente Lula vem desenvolvendo programas para melhorar a educação, a saúde, os salários, criar habitações populares, o nível de emprego, distribuir renda, alavancar a produtividade e a economia do país assegurando direitos. Neste processo, visando a justiça tributária com a qual se comprometeu, enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei , que isenta de Imposto de Renda salários de até 5 mil mensais. Por ser um governante responsável, o presidente Lula estabeleceu como fonte de recursos para compensar esta isenção a taxação de 10% sobre lucros e rendimentos das pessoas mais ricas do país, que hoje nada pagam sobre esses valores, que ultrapassam R$ 1 milhão por ano. Para ter ideia, 10% sobre as fortunas de apenas 50 dessas pessoas acrescentariam aos cofres públicos R$ 1,3 trilhão, enquanto mais de 10 milhões de pessoas serão beneficiadas pela isenção.
São medidas como esta, assim como aumento do IOF sobre operações financeiras no exterior, bets e outras operações de alto valor que vem provocando reações de bancadas parlamentares que defendem os interesses dos ricos e que não estão nem aí para os direitos e necessidades da classe trabalhadora e dos pobres. Sob comando do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, essa turma vem impondo seguidas "pautas-bomba", tentando chantagear e bloquear os projetos do governo. Por isso o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal para manter o aumento do IOF, e também por isso que o presidente Lula havia vetado uma série de acréscimos incluídos por deputados na legislação sobre energia. A Câmara derrubou os vetos, o que provocará aumento médio de 9% nas contas de energia elétrica dos brasileiros, no momento em que o presidente anuncia isenção do pagamento de energia para 50 milhões de pessoas de baixa renda. Esses políticos são, portanto, inimigos da classe média.
Fiquemos atentas e atentos ao que acontece no nosso país. Não nos deixemos enganar por discursos, reportagens e editoriais de meios de comunicação cujos donos são, eles mesmos, parte interessada em que nada mude. Querem que os trabalhadores continuem pagando a maior parte da conta.
A economia do Brasil está crescendo, a inflação está caindo, a taxa de desemprego é uma das mais baixas da história. Passa da hora de dividir os custos e os benefícios. Os ricos têm que ajudar a pagar as contas e os pobres precisam melhorar de vida.
No dia 10 de julho haverá manifestações em todo o Brasil em defesa da pauta popular. Vamos juntos?
Professora Bebel é: Deputada Estadual – PT e segunda Presidenta da APEOESP