A Câmara Municipal de Rio das Pedras custou, em 2024, R$ 184,76 por habitante, um dos maiores valores da região, considerando apenas as despesas correntes (excluindo despesas de capital). Com uma população de 32.267 moradores e nove vereadores em exercício, o dado revela um gasto elevado para manter o Poder Legislativo em funcionamento ao longo do ano.
A divulgação do Mapa das Câmaras, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), acendeu um alerta entre a população e reforçou um sentimento que já vinha crescendo: o de que a produção legislativa não tem acompanhado o custo investido com recursos públicos.
Embora a estrutura e os salários estejam garantidos, muitos moradores relatam frustração com a atuação dos parlamentares, que, ao longo de 2024, pouco apresentaram em termos de projetos relevantes, ações fiscalizadoras efetivas ou iniciativas que gerassem impactos positivos na vida da comunidade. “A gente paga caro e vê muito pouco sendo feito. O papel do vereador além de fiscalizar é de propor melhorias, mas a sensação é que muitos não entenderam isso”, comentou uma moradora do Jardim São Cristóvão.
Diante desse cenário, cresce a expectativa sobre a nova legislatura, que conta com vereadores eleitos em 2024. A população espera um mandato mais eficiente, com propostas concretas, maior presença nos bairros, fiscalização rigorosa do Executivo e um compromisso real com as prioridades da cidade.
“Com esse custo, o mínimo que esperamos é trabalho, transparência e resultados. Não dá mais para aceitar vereadores que aparecem só em época de eleição ou que se limitam a homenagens e discursos vazios”, criticou o aposentado José Augusto, morador da área central.