A gestão da Câmara Municipal de Charqueada em 2024, presidida pela vereadora Maria José da Silva, voltou a chamar a atenção da população após a divulgação de dados oficiais do Mapa das Câmaras pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). De acordo com o levantamento, o custo total da Câmara ao longo do ano foi de R$ 1.713.148,89 (excluindo despesas de capital), o que representa um gasto de R$ 108,44 por habitante, em uma cidade com população estimada em 15.798 pessoas.
Com 11 vereadores no legislativo local, o dado evidencia um custo elevado para o funcionamento da Câmara, principalmente quando comparado à baixa produção legislativa observada ao longo do ano. Para muitos moradores, o investimento não tem se revertido em benefícios diretos para a comunidade, com poucos projetos relevantes apresentados e pouca atuação prática dos parlamentares em temas sensíveis como saúde, segurança, educação e geração de empregos.
"É muito dinheiro para pouco retorno. A população está cansada de ver sessões esvaziadas de conteúdo e projetos que não saem do papel, além de debates que vão de nenhum lugar para lugar nenhum", comentou um dos moradores que frequentam as sessões e pediu para não ser identificado.
A gestão da presidente Maria José tem sido criticada por não implementar medidas mais rigorosas de controle de gastos ou estímulo à produtividade legislativa. Para a população, a falta de fiscalização efetiva, de debates relevantes e de projetos consistentes por parte dos vereadores reforça o sentimento de distanciamento entre o Legislativo e as reais demandas da cidade.
Com a divulgação dos dados pelo TCE-SP, cresce o apelo popular por mais, eficiência e comprometimento por parte dos parlamentares.