Contra o assédio, autoritarismo e opressão como políticas de gestão adotadas pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estabelecidas em novas portarias, a Apeoesp promoverá assembleia nesta próxima sexta-feira, seis de junho, em defesa do magistério paulista, dando continuidade à mobilização da categoria em defesa de melhores salários e condições de trabalho. A assembleia está marcada para as 16 horas, na avenida Paulista, em frente ao Masp, e visa debater com a categoria ações para combater todo este ataque, que conforme a segunda presidenta da entidade, a deputada estadual Professora Bebel (PT), “não vão levar à melhoria da qualidade de ensino nas escolas estaduais de São Paulo”.
Bebel diz que essa atitude do governador Tarcísio de Freitas e do secretário estadual da Educação, Renato Feder, visa focar nos professores toda a responsabilidade pelo mau desempenho que decorre das políticas de desmonte aplicada pelo atual governo e anteriores. Por isso, Bebel reforça a necessidade de unidade dos professores na luta contra as medidas impostas pelo governador do Estado de São Paulo.
Entre as medidas recém adotadas estão novo prazo para registro de presença, que asfixia os professores, juntamente com avaliação de desempenho subjetiva e punitiva, afastamento de diretores de escolas, privatização, militarização, agora, por meio do programa "Professor Presente", reduz a apenas 24 horas prazos para registro de presença e justificativas de faltas de forma digital na chamada "Sala do Futuro", com impactos diretos na remuneração dos professores. Bebel diz ainda que a Secretaria Estadual da Educação também não considera que há professores que, devido aos baixos salários, trabalham no limite da jornada ou carga horária, com centenas de estudantes e em diversas escolas.
Diante disso, a deputada Professora Bebel conta que a Apeoesp já ingressou com ação na Justiça contra mais este ataque ao magistério paulista. “Há um desmonte intencional. Esse governo é incapaz de produzir qualquer notícia positiva para a educação pública no estado de São Paulo. Tudo o que anuncia são cortes de verbas, rebaixamento curricular, reajuste salarial insuficiente e só obtido depois de muita pressão, vigilância e controle sobre profissionais da educação e estudantes, entre outros. Os recuos, quando ocorrem, são sempre resultados de mobilização, greves, paralisações, ações judiciais. Agem como se professores faltassem para lazer e não em decorrência do adoecimento causados pela falta de condições de trabalho, plataformização, violência nas escolas, salas superlotadas, falta de uma carreira justa e atrativa, desvalorização salarial e profissional, todo esse conjunto de medidas tomadas pelo próprio governo”, destaca.
Para mostrar o drama vivido pela categoria, Bebel cita dados divulgados pelos meios de comunicação que indicam 1.122 afastamentos diários de professores por doença mental. “Na verdade, existe um projeto intencional de desmonte, para justificar cada vez mais terceirização e privatização. A resposta é unidade e mobilização. Só existe uma possibilidade de interromper essa escalada autoritária do governo: unidade e mobilização. Já está demonstrado que permanecer na escola enquanto parte da categoria vai às ruas em assembleias e manifestações não impede que o governo continue atacando os direitos de todos, sem distinção”, completa, convidando todos os professores para a assembleia geral da categoria.