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TCE mantém decisão que aponta irregularidades em contrato para operação de aterro sanitário em Brotas na gestão do prefeito Leandro Corrêa

Contrato firmado com empresa Superguia Ambiental foi julgado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; recursos da Prefeitura foram negados por unanimidade

Por: Redação
06/06/2025 às 07h45
TCE mantém decisão que aponta irregularidades em contrato para operação de aterro sanitário em Brotas na gestão do prefeito Leandro Corrêa
Arquivo Jornal O Regional

Foi publicado recentemente no Diário Oficial do Estado de São Paulo o acórdão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) que mantém a decisão que aponta uma série de irregularidades em contrato firmado pela Prefeitura de Brotas com a empresa Superguia Ambiental e Construtora Ltda. A contratação, no valor de R$ 455.996,88, previa serviços de operação, manutenção e monitoramento do aterro sanitário do município, durante a gestão do atual prefeito Leandro Corrêa.

O caso tem origem em uma representação feita pelo vereador Marcos Edilson Dorta, que questionou a legalidade do Pregão Presencial nº 46/18, procedimento que antecedeu a assinatura do contrato. Dorta apontou supostas falhas na condução da licitação, que foram posteriormente analisadas e confirmadas pelo TCE.

Na sessão realizada no dia 29 de abril, a Segunda Câmara do Tribunal de Contas julgou o Recurso Ordinário interposto pela Prefeitura e, por unanimidade, decidiu manter a sentença anterior, que já havia considerado irregulares o edital do pregão, o contrato firmado, seus aditivos e a execução contratual.

Participaram da decisão os conselheiros Cristiana de Castro Moraes (relatora e presidente), Sidney Estanislau Beraldo e Maxwell Borges de Moura Vieira. Segundo o colegiado, o edital apresentou omissões relevantes, como a ausência de informações sobre o volume de resíduos sólidos a ser tratado no aterro, o que comprometeu tanto a formulação de propostas pelas empresas interessadas quanto o acompanhamento técnico da execução do serviço.

Além das falhas no edital, o TCE também apontou problemas na fiscalização e na gestão do contrato por parte da administração municipal, classificadas como precárias e insuficientes. A sentença reconheceu ainda que as irregularidades iniciais comprometeram os termos aditivos subsequentes, ampliando o alcance das falhas administrativas.

Com o trânsito em julgado da decisão e cumpridas as medidas cabíveis, o processo será arquivado. A manutenção do julgamento representa mais um revés para a gestão do prefeito Leandro Corrêa, que já vinha sendo questionada em outras frentes de fiscalização e controle externo.

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