Coordenadora da Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo contra novos pedágios no Estado de São Paulo, a deputada estadual Professora Bebel (PT) participou nesta última quinta-feira, 15 de maio, de audiência pública na Câmara Municipal de Serra Negra, que discutiu a privatização de rodovias no circuito das águas, com a colocação de praças de pedágios. “O Circuito das Águas não está à venda!”, disse a deputada, que se posicionou totalmente contrária à proposta do Governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas,  de instalar 37 praças de pedágio automáticas, no sistema Free Flow, nas rodovias da região do Circuito das Águas Paulista, incluindo Serra Negra. 

A audiência pública em Serra Negra reuniu  vereadores, prefeitos, deputados e representantes da sociedade civil, que reafirmaram a posição contrária à privatização das rodovias e não aos pedágios. Para Bebel, a colocação dos pedágios irá prejudicar o turismo naquela parte do Estado de São Paulo. “Estamos falando da privatização do direito de ir e vir! Mais uma vez, Tarcísio governa para as empresas, ignora o povo e tenta transformar as estradas em fonte de lucro, às custas dos trabalhadores, do comércio local e do turismo da região”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.

Para a Professora Bebel, os investimentos necessários para melhorias e manutenção das rodovias devem ser bancados pelo governo estadual, que já arrecada muito com o IPVA. Bebel, que atuou firmemente contra a instalação e pedágios na SP-304, que liga Piracicaba a Americana, forçando o governador a fazer declaração pública de que desistiu desta proposta, diz que é fundamental a mobilização da sociedade.

A proposta do governador Tarcísio de Freitas é de conceder rodovias na região do Circuito das Águas Paulista, estabelecendo a  instalação de 37 pórticos para cobrança de tarifas no Sistema Automático Livre, conhecido como “free flow”. A privatização proposta pelo governador  inclui 533,17 km e atingirá 31 municípios, com a concessão sendo por 30 anos.

Bebel destaca ainda que o Parlamento da Região do Circuito das Águas Paulista também manifestou “indignação e repúdio” em relação à implementação dos pedágios, afirmando que a proposta “penaliza moradores, trabalhadores e comerciantes, tornando-se um obstáculo injusto e prejudicial ao desenvolvimento local”.