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Entenda os efeitos de dormir de boca aberta para o sono e a saúde bucal

Por: Redação
20/05/2025 às 18h30
Entenda os efeitos de dormir de boca aberta para o sono e a saúde bucal
Divulgação

Dormir é um ato essencial para a saúde física e mental. E, diante disso, a forma em que dormimos traz impactos para o sono e a saúde bucal. Pessoas que dormem de boca aberta podem ter implicações na região. Representantes do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) explicam os efeitos do sono para a saúde bucal. O presidente da Câmara Técnica de Periodontia, Dr. Marcelo Cavenague, esclarece que pessoas que dormem dessa forma têm maior risco de inflamação gengival, cárie, eventuais lesões de lábio e mucosa causada pelo ressecamento. 

Dificuldade de respirar naturalmente pelo nariz, situações de gripe, resfriado, rinite, alergias ou algo permanente, como uma obstrução por adenoides ou desvio de septo, são características que fazem com que a pessoa durma com a boca aberta. 

“Para que a pessoa não durma de boca aberta, é muito importante que ela tenha uma respiração pelo nariz totalmente natural e não forçada. Pessoas normalmente respiram pela boca quando possuem algum tipo de obstrução ou impedimento, temporário ou permanente, de respirar pelo nariz. Para tanto, é de extrema importância que se respire pelo nariz. A ajuda de um otorrinolaringologista pode ser essencial neste caso”, diz o cirurgião-dentista Dr. Marcelo Cavenague.

Uma pesquisa publicada no Journal of Sleep Research indica que pacientes que respiram pela boca costumam relatar sensação de boca seca em decorrência da redução na quantidade de saliva causada pelo ritmo circadiano, acrescentado a desidratação da cavidade oral, especialmente provocada pela respiração bucal durante o sono. A integrante do Grupo de Trabalho de Saliva do CROSP, Dra. Débora Heller, explica que o ressecamento da saliva diminui a sua capacidade de neutralizar os ácidos e compromete a sua função antimicrobiana (protetora). 

Os problemas de dormir com a boca aberta 

Estudos demonstram que a respiração bucal pode aumentar o risco de cárie, inflamação gengival, erosão dental e halitose, pois leva ao ressecamento da saliva (a saliva se reduz). Essa redução da função protetora da saliva pode contribuir também para a degradação de materiais restauradores presentes na cavidade oral.

Em uma pesquisa do Journal of Oral Rehabilitation, foi investigada a variação do pH intraoral em indivíduos saudáveis durante o sono e com a simulação de respiração bucal. “A queda do pH observada especialmente nesses casos reforça a hipótese de que esse hábito compromete o efeito protetor da saliva, mesmo em indivíduos com fluxo salivar normal. Trata-se de um alerta importante para cirurgiões-dentistas e pacientes, e reforça a necessidade de incluir protocolos validados de avaliação salivar como parte da rotina clínica”, explica a Dra. Débora. 

Impactos 

O Dr. Marcelo Cavenague salienta que a apneia também pode ocorrer em quem dorme com a boca aberta, da qual afirma ser muito comum em respiradores bucais, que deve ser tratada com muito cuidado. O cirurgião-dentista orienta que o ideal seria fazer uma polissonografia para avaliar a quantidade e a gravidade das apneias, frisando que jamais se deve adotar aparelhos antirronco sem a avaliação médica. 

“O aparelho antirronco pode até trazer como resultado uma diminuição no ronco do paciente, mas, muitas vezes, não muda a gravidade das apneias. Na maioria das vezes, a indicação do uso do CPAP é o que de fato vai ajudar o paciente”, esclarece o presidente da Câmara Técnica de Periodontia.  

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