Ao participar do café da manhã com parlamentares organizado pelo MST, durante a abertura da V Feira Nacional da Reforma Agrária, aberta na última quinta-feira, 12 de maio, em São Paulo, a deputada estadual Professora Bebel, que também é vice-presidenta estadual do PT, se encontrou com a ministra das Relações institucionais Gleisi Hoffmann, e com o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Família, Paulo Teixeira, e reforçou a sua luta em defesa da agricultura familiar. Do encontro também participaram diversas outras lideranças, entre elas Gilmar Mauro, da direção nacional do MST, além de deputados federais e estaduais do campo progressista.
A Feira da Reforma Agrária completou 10 anos desde a sua primeira edição. Realizada no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP), recebeu camponeses e camponesas de todo o Brasil, e de alguns cantos do mundo, e se estendeu até este último domingo, 11 de maio. “A feira tem cheiro de terra, de frutas, de hortaliças orgânicas, de comida temperada. Tem cara de gente brasileira, que canta samba, forró e ritmos latinos, faz teatro, dança, gente que cultiva o chão e faz cultura”, destaca Bebel.
A deputada ressalta ainda que feira reuniu famílias que lutam pela reforma agrária, por uma sociedade justa pautada pela cooperação em vez da competição, pela solidariedade no lugar do lucro. É o socialismo que dá certo: mais de 500 toneladas de alimentos vindas de 23 estados, tudo comercializado por um preço justo. Estamos falando de uma economia pulsante e sofisticada que envolve 180 cooperativas, 120 agroindústrias, 1,9 mil associações. São 400 mil famílias assentadas representadas na feira”, enfatiza Bebel.
Para mostrar a importância do movimento dos trabalhadores sem terra, a parlamentar lembra que em 2023, o MST recebeu um prêmio da ONU pela doação de mais de 1,6 milhão de marmitas durante a pandemia. Nos anos em que o mundo lutou contra a covid, 7 mil toneladas de alimentos foram doadas pelo movimento. A solidariedade e a luta não se separam. “A feira mostra para sociedade paulistana e brasileira uma alternativa viável, mas que enfrenta a resistência de inimigos poderosos: o agronegócio e seus representantes na política. Não é exagero dizer que todos os produtos comercializados no parque da Água Branca foram produzidas em territórios em conflito”, completa Bebel.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124