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Com dívidas e sem emprego!

Por: Redação
09/05/2025 às 20h00

O desequilíbrio entre as receitas e as despesas ainda é a maior causa das dívidas que trazem diversas e amargas consequências. Além de diminuírem a qualidade de vida dos devedores, elas comprometem o emprego deles; já que as empresas evitam colaboradores inadimplentes que vivem metidos em dívidas que ultrapassam as respectivas capacidades financeiras.

A dívida até pode ser causada por fatos inesperados, como despesas com doenças, com quebras de equipamentos e multas; todavia a maioria dos inadimplentes chega a essa situação por falta de planejamento financeiro; mas essas pessoas, em regra, preferem acreditar que suas dívidas decorrem dos baixos salários ou do desemprego.

Esse entendimento traz o primeiro conflito de interesses entre o empregado e o empregador; já que o profissional que administra mal o dinheiro sempre acha que ganha pouco, vez que, por falta de disciplina com as finanças, vive insatisfeito com o salário e atribui a responsabilidade do insucesso financeiro à sua empresa que, no seu entendimento, remunera-o mal.

Quem não planeja o uso do dinheiro, normalmente, assume compromissos acima de suas possibilidades e, com a pressão das dívidas, passa a incomodar os colegas de trabalho com reclamações e pedidos de empréstimo. Com o tempo, o devedor, após recorrer a empréstimos a colegas e instituições financeiras, acaba caindo nas mãos de agiotas, aí é o "fundo do buraco"; o pior é que, nessa fase, é comum o profissional ser demitido e ficar “com dívidas e sem emprego”.

Pode parecer crueldade, mas sobram motivos para que as empresas se livrem, o quanto antes, de colaboradores que vivem endividados. Basta observar que, para quem gasta mais do que recebe, o salário é sempre insuficiente e as pressões com dívidas e cobranças geram estresse e prejudicam a produtividade, além de aumentarem o risco de acidente de trabalho por falta de concentração.

O endividado pede dinheiro emprestado aos colegas de trabalho e nem sempre paga, e ainda ousa achar que aqueles que têm dinheiro ganharam na loteria ou estão roubando. Os problemas não param por aí, pois a empresa que tem seu nome vinculado a um profissional inadimplente tem sua imagem maculada; logo é, no mínimo, arriscado ser representada por um colaborador que "vive devendo na praça".  

Se você se colocar no lugar do dono ou do gerente de uma empresa que tem vários colaboradores que, apesar de receberem remunerações parecidas, uns estão satisfeitos, por serem bons gestores financeiros, enquanto outros vivem endividados e reclamando do salário; fica fácil de concluir que o profissional endividado corre grande risco de perder o emprego.

Além dos danos à vida profissional, a dívida traz sérios prejuízos tanto para a saúde, com as doenças emocionais, como para a vida pessoal, pois as pesquisas indicam que a metade dos relacionamentos conjugais é abalada por problemas financeiros.

Desta forma, não há dúvida de que a dívida tem de ser evitada e de que quem não planeja o uso do seu dinheiro dá péssimo exemplo aos filhos e acaba sufocado por dívidas que tiram a paz de qualquer um, prejudicando a carreira profissional, a saúde e a vida pessoal.

Enfim, leitor, como os prejuízos da má gestão do dinheiro atingem não só o devedor, mas também a família, a empresa e os amigos dele; usar bem o dinheiro é mais que um sinal de inteligência profissional, é uma necessidade, pois “quem não administra bem o seu dinheiro, acaba perdendo a paz, a saúde e o emprego”.

Boa semana!

Antônio de Carvalho - Consultor e palestrante sobre motivação, atendimento ao cliente e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

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