Um estudo realizado pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) em parceria com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), no período de dezembro de 2023 a dezembro de 2024, aponta que 32% dos brasileiros não foram ao dentista nos últimos 12 meses, mostrando um grande abismo no acesso à saúde bucal, diretamente ligado à renda e ao nível de escolaridade da população. A pesquisa apontou que 75% das pessoas com ensino superior buscaram atendimento odontológico, enquanto apenas 54% dos brasileiros com escolaridade básica tiveram o mesmo acesso. Em relação à renda, a desigualdade é ainda mais expressiva: 80% das pessoas com rendimentos superiores a 10 salários mínimos procuraram atendimento odontológico regularmente, contra 59% daqueles com até um salário mínimo. Assim, a pessoa que não tem condições financeiras adequadas acaba adiando a consulta, e o que poderia ser resolvido com um tratamento simples se transforma em algo mais complexo, e consequentemente, mais caro.
Outra barreira a ser enfrentada é a mudança cultural dos brasileiros. Por muitos anos, a população procurava atendimento odontológico apenas em casos extremos, como dores intensas ou fraturas. A educação sobre prevenção e a conscientização da necessidade de cuidados regulares com a higiene oral são fundamentais para mudar esse cenário. Afinal, a saúde bucal não se limita apenas a um sorriso bonito. Ela é importante para a autoestima e o bem-estar geral do corpo, peças-chave para uma vida mais saudável, pois previne infecções e o agravo de algumas doenças, como as autoimunes, diabetes e anemia, por exemplo.
Dentro desse cenário, existem dois caminhos que podem contribuir para que as pessoas recebam tratamentos dentários. O primeiro é através das políticas públicas. Embora o Ministério da Saúde tenha o programa Brasil Sorridente, ele não consegue atender toda demanda da população. No geral, as filas de espera no SUS (Sistema Único de Saúde) podem levar muitos meses para serem atendidas. Uma opção que vem ganhando força é a expansão das clínicas odontológicas, que estão em constante crescimento e aplicam preços justos para o atendimento clínico. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor de Saúde, Beleza e Bem-estar cresceu 16,5% no último ano, e isso engloba os consultórios dentários, cada vez mais presentes em bairros de grandes capitais e cidades interioranas. O formato de franquias possibilita que a pessoa que deseja empreender tenha sua própria clínica, ampliando o campo de trabalho para mais profissionais, o que resulta também em um atendimento mais extenso. A expansão dessas redes no Brasil afora, permite oferecer desde os tratamentos básicos como prevenção de cáries, obturações, halitose, retração gengival, como uma gama de inovações que vão de aparelhos ortodônticos invisíveis, tratamentos estéticos orofaciais até inteligência artificial para diagnóstico precoce, com preços justos.
Então é preciso ter em mente que a saúde bucal é essencial para o bem-estar geral das pessoas e os profissionais da área têm que agir de forma eficaz para que ela esteja ao alcance de todos.