Na última segunda-feira, 24/02, o Mandato Coletivo A Cidade é Sua, representado pelo co-vereador Pablo Carajol, mediou uma reunião com o representante do Sesc Piracicaba, Luã Trento, a secretária municipal de Turismo, Clarissa Quiararia, e o gerente de Planejamento Turístico e responsável pela área de artesanato na prefeitura, Esdras Casarini.
A reunião teve o intuito de apresentar à secretária o projeto "Que Feira é Essa?", a fim de levantar as possibilidades de continuidade da ação em espaços públicos do município.
O projeto ocorre mensalmente no Sesc Piracicaba desde 2019, reunindo nove coletivos de artesãos, que expõem diversos produtos locais, como alimentos veganos, roupas artesanais, caixas de abelhas nativas, cerâmica, laticínios, entre outras.
Participam do "Que feira é essa?" os grupos Potência Afro, Quebrada Criativa, CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura), ArtePira, Rede Guandu, Collab Aroma e Arte, Feira das Pretas, CPP e Kalidoskopeo.
"O projeto está para além do encontro, da feira em si. A feira é consequência de um processo que é formativo e de articulação. Os grupos que participam da feira precisam, de alguma maneira, buscar princípios alinhados com a instituição do Sesc, seja pela economia solidária e criativa, pela agroecologia, temática da negritude ou da valorização do empreendimento feminino e participarem de uma gestão interna e formativa", afirma Pablo Carajol.
Um dos dados trazidos à secretária Clarissa foi um estudo diagnóstico realizado pelo Sesc Piracicaba com os participantes do coletivo, com mais de 100 artesãos, que apontam sua situação e algumas necessidades para o setor artesanal, como a redução de custos de participação e melhoria da infraestrutura em feiras; melhoria na divulgação; promoção de mais feiras ao longo do ano; capacitação técnica e estratégica, especialmente em marketing digital; valorização cultural do artesanato como patrimônio imaterial; apoio financeiro através de microcréditos, editais e subsídios e promoção de parcerias para fortalecer o ecossistema artesanal.
"O caminho sendo construído é de trabalhar aquilo que vem sendo uma grande demanda no artesanato, que está subvalorizado, seja na sua importância cultural, seja socialmente. Apenas 22% recebem acima de 1 mil reais por mês, que é abaixo do salário-mínimo. Quando se fortalece as artesãs, se fortalece a economia local. Na circulação cultural, turística e na renda, que ficam na cidade, em uma Economia Circular. Por isso essa parceria é tão importante e promissora", disse Luã Trento.
A secretária Clarissa colocou-se à disposição para estudar junto com o coletivo da feira um modelo de implantação do projeto na cidade, com o objetivo de criar um espaço colaborativo, com secretarias parceiras e organizações sociais, para discutir, identificar prioridades e elaborar um plano de ação coletivo para fortalecer o artesanato em Piracicaba.