Na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual piracicabana denunciou nesta semana que o resultado do Saresp - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, mostrando que a educação no Estado de São Paulo está estagnada e abaixo do que apresentava na pré-pandemia da covid-19, em 2019. Para ela, o resultado é reflexo da política adotada pelo governador Tarcísio de Freitas e o seu secretário estadual da Educação, Renato Feder, de continuarem aprofundando os ataques contra a educação e o magistério da rede estadual de ensino.
Bebel diz que as políticas privatistas e de desmonte da escola pública no Estado de São Paulo produzem resultados desastrosos, como revela o Saresp. “O resultado do Saresp mostra a estagnação da aprendizagem dos estudantes, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio, conforme resultados. No 9º ano do ensino fundamental, em português, os alunos foram de 234,4 pontos em 2023 para 240,3 em 2024, uma subida que ainda não chega aos resultados da pré-pandemia (249,6 pontos em 2019). Em Matemática, a variação foi de 246,3 pontos em 2023 para 248,2 em 2024 (em 2019, antes da pandemia, foram 259,9 pontos). Em ambos os casos, abaixo do nível adequado. Houve ainda aumento do número de estudantes com os piores resultados. Em português esse índice passou de 26,3% (2023) para 27,7% (2024) e em matemática, de 34,3% (2023) para 36,4% (2024). No ensino médio, com resultados medidos pelo Provão Paulista, no último ano, o desempenho em português, foi de 3 para 3,1 e em matemática, de 2,5 para 2,7, com os estudantes acertando menos de 30% das questões da prova”, descreve a deputada e segunda presidenta da Apeoesp.
Para ela, esses resultados mostram o fracasso do Programa de Ensino Integral, com seu modelo autoritário de gestão e currículo que deixa a desejar, evidenciando que os caminhos trilhados pelo governo Tarcísio de Freitas na educação paulista estão errados. “Apesar disso, a prioridade desse governo é cortar verbas, privatizar e oprimir professores, estudantes e funcionários”, destaca, lembrando que o governador conseguiu aprovar no final do ano passado e já está valendo neste ano, a redução de 30% para 25% o percentual de investimentos do orçamento estadual na educação paulista, o que representa uma redução superior a mais de R$ 11 bilhões, lamenta a parlamentar.