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Cuidado com os mal-entendidos!

Por: Redação
01/02/2025 às 08h30

A comunicação é imprescindível para qualquer tipo de relacionamento; mas existem falhas bisonhas que levam as pessoas a entendimentos diversos e, no campo profissional isso pode ser fatal. A comunicação tanto com os clientes como com os colaboradores deve ser clara e inequívoca.

Um comerciante, ao perceber que o fiscal da Justiça do Trabalho entrara em sua loja, pegou o telefone e ligou para o depósito, falando para um recém-contratado colaborador, que ainda não estava registrado na Carteira de Trabalho: “Você não pode, por quinze minutos, subir aqui na loja!”.

Passados quinze segundos, o empregado chega correndo e pergunta: “Pronto, no que posso ajudar?” O fiscal autuou o comerciante que ficou aborrecidíssimo com o colaborador. Na prática, não se sabe se o patrão falou baixo demais ou se houve excesso de boa vontade do colaborador, mas, o que interessa é que o jovem entendeu a ordem assim: “Você não pode, por quinze minutos, subir aqui na loja?”.

Não faltam exemplos e contos que provam que a falha na comunicação pode causar prejuízos terríveis. Ao atender ao chamado na porta de casa, o morador se depara com um amigo que não via há muito tempo e ele estava acompanhado de um cachorro grande e saltitante. O cão entrou junto com o visitante e começou a correr pela casa toda.

Durante toda a visita, o dono da casa ficou incomodado com o fato de o amigo não ter repreendido o animal que fez uma bagunça danada. Ao se despedirem no portão, o morador perguntou ao visitante: “Você não vai levar o seu cão?” O amigo respondeu: “Que cão? Ah! Quando cheguei aqui na frente, esse cachorro começou a brincar e depois entrou e mostrou-se tão à vontade na sua casa que eu achei que ele era seu”.

Outro conto é o de uma moça que, antes de entrar em um ônibus intermunicipal, comprou um pacote de biscoitos na lanchonete da rodoviária. Quando já estava sentada em sua poltrona, ela abriu o pacote e pegou um biscoito e, na sequência, o senhor que estava na poltrona do lado pegou um biscoito também. Toda vez que ela pegava um biscoito, o vizinho de viagem pegava um também.

A jovem que já estava indignada com o atrevimento daquele homem, quase não se conteve quando ele divide o último biscoito e lhe oferece a metade. Ao chegar no seu destino, ela desembarcou depressa e nem se despediu do vizinho. Quando foi guardar o livro que leu durante a viagem, percebeu que o seu pacote de biscoitos estava intacto em sua bolsa. Apesar da vergonha, ela não pode nem se desculpar, pois o cavalheiro tinha seguido viagem.

Conheço uma senhora que, após um duro dia de serviço, na agitada volta para casa, acabou chocando-se de frente com um senhor na entrada de uma estação de metrô. Como o tal homem nem tentou desviar; ela disse em voz alta: “Parece que você está cego!” O senhor respondeu: “Desculpe-me, mas não pareço cego, eu sou cego!”. Ao contar esse fato, além do arrependimento, ela fala que no momento não percebeu os vários indícios de que se tratava de um deficiente visual, portanto ela é quem deveria ter evitado o choque.

Como nos contratempos citados, na vida particular, a falta de atenção à comunicação costuma gerar mais desconfortos que problemas; já no campo profissional, as falhas de comunicação, em regra, trazem grandes prejuízos. Por isso, a comunicação, pode nem ser a alma do negócio e dos relacionamentos, mas a falta ou falha dela pode pôr tudo a perder.    

 Leitor, quem tem vergonha de sanar as dúvidas acaba envergonhado pela interpretação das coisas; portanto, para evitar mal-entendidos e dissabores, zele pela comunicação, procurando não deixar dúvidas no que transmite e nem ficar com dúvida no que lhe é transmitido. 

Boa semana!

 

Antônio de Carvalho - Consultor e palestrante sobre motivação, atendimento ao cliente e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

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