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Economia brasileira demanda atenção por parte de novos gestores em 2025

Por: Redação
15/12/2024 às 10h30

A economia é uma questão que merece maior atenção dos novos gestores de prefeitura no próximo ano. Isso porque há previsão de que a economia deve desacelerar em 2025, diante de uma redução da massa de renda da população, em função de uma estabilização na transferência de recursos para a população de baixa renda por meio de programas sociais, como o Bolsa Família. Uma interrupção nos cortes da taxa de juros também deve contribuir para esse cenário de menor crescimento econômico. Há ainda a previsão de redução da produção industrial no próximo ano e de safra recorde de soja. Essa conjuntura foi apresentada durante a palestra “Cenário macroeconômico no Brasil: desafios e oportunidades para o setor transportador”, ministrada, no dia 04, pelo diretor de Macroeconomia da LCA Consultoria Econômica, Fernando Sampaio, organizado a pedido da CNT (Confederação Nacional do Transporte). Ela destaca que a economia brasileira tem passado por imprevistos que vêm ocorrendo também no cenário internacional. Entre eles, a desvalorização da moeda, que tem ocorrido em todas as economias emergentes.  Segundo ele destaca, a alta no Brasil foi claramente mais significativa. A diferença se deve, em grande parte, à incerteza em relação à condução das políticas fiscal e monetária no Brasil.  O economista apontou que a desconfiança em relação à política econômica brasileira é alimentada pela decisão de realizar um ajuste fiscal de forma mais gradual do que a sinalizada no início do atual governo. Além disso, há dificuldades políticas para cortar gastos e aprovar medidas de aumento perene da receita, que dependem da aprovação do Congresso Nacional. O economista defende ainda que para atingir a meta, talvez seja necessário cortar ainda mais gastos, destacando que a despesa pública já está no limite máximo e que os gastos com a Previdência aparentam estarem subestimados. Sampaio acredita que algumas das previsões para 2025, como a arrecadação de fundos de investimentos e offshores, não devem se repetir. Outro ponto relevante em sua análise é que a outra parte das receitas projetadas para o próximo ano depende da aprovação do Congresso, como as compensações adicionais pela desoneração da folha de pagamento de 17 grandes setores da economia brasileira. Se o cenário nacionalmente é esse, requer, por consequência, uma maior atenção dos municípios, pois há a consequente queda das receitas locais, o que afetará a aplicação de investimentos públicos e poderá levar a crises financeiras em municípios. Por isso a importância de se atentar a esse cenário econômico. Basta lembrar que um estudo divulgado neste ano, demonstra que a situação fiscal dos Municípios foi a pior em décadas no ano passado, com déficit de R$ 17,9 bilhões e comprometimento da gestão de 50% dos Municípios brasileiros, que tiveram receitas insuficientes para a prestação de serviços públicos essenciais à população. No mesmo período de 2022, o percentual foi de 36%. Essa constatação está no estudo O contexto da crise fiscal nos Municípios, feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que reforça o agravamento do cenário de crise nas prefeituras de todas as regiões do país.  Ou, seja, se não tomarem cuidado e maior atenção, a questão poderá ser ainda mais grave neste ano.

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