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Águia, tomate ou pimenta?

Por: Redação
14/12/2024 às 17h30

Um lavrador criava alguns frangos e galinhas e percebeu que um franguinho, aliás o mais bonito de todos, vivia fugindo do galinheiro, mas era só jogar um pouco de milho para atraí-lo e recolocá-lo no seu ambiente. De volta ao galinheiro, o tal frango atormentava todos os colegas de sua espécie, até conseguir a próxima fuga. Nem bem tinha crescido e o desajustado virou almoço para a família de seu dono.

Em outro lugar qualquer, um agricultor criou um filhote de águia juntamente com as suas galinhas e queria que aquela ave fosse uma galinha. Muito bem tratada, a pequena ave não encontrou qualquer dificuldade para adequar-se à rotina. Tudo ia bem até o dia em que ela ousou dar o seu primeiro voo e descobriu que nasceu para ser águia e não galinha.

A decepção de tal agricultor não parou aí não, pois, por engano, ele plantou sementes de pimenta acreditando que eram de tomate, já que as sementes são muito parecidas. As sementes germinaram e ele cuidou como se tomate fossem; mas, como não poderia ser diferente, os frutos colhidos eram ardidos.

Se ouvisse essas três histórias em um treinamento profissional, talvez se perguntasse: Que ralação a minha carreira ou o meu emprego tem com frango, galinha, águia, tomate e pimenta?

No caso do franguinho, nota-se que ele afrontava o sistema e incomodava os colegas e o dono. A empresa para a qual você trabalha também deve ter um sistema de funcionamento, e você não deve afrontá-lo, mesmo porque estaria enfrentando a gestão e incomodando a sua equipe. O colaborador é que tem de ajustar-se ao sistema e não querer que o sistema se molde a ele. O destino de frango que não segue as regras do galinheiro é a panela e o do colaborador que não se adéqua às normas da empresa é a rua.

Nas outras duas histórias, verificamos que a águia e o tomate, apesar de serem tratados como algo diferente daquilo que eram, mantiveram os seus princípios essenciais e não se renderam à rotina imposta. Mostrando que a adequação do colaborador à empresa tem limite, pois não pode abrir mão de seus bons princípios; como a lealdade, a honestidade e a dignidade.

Por um lado, quando uma boa empresa contrata alguém para trabalhar, não espera e nem tolera que essa pessoa se submeta a algo ilícito, antiético ou que atente contra os bons valores. Por outro, o funcionário que se sujeitar a isso jamais será um bom colaborador.

Do mesmo modo que ninguém gosta de trabalhar com colegas revoltados e insubordinados; é um perigo trabalhar com alguém que se vende, que faz qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, para alcançar seus objetivos. Quem não tem força para manter os bons valores acaba sendo vítima de pessoas inescrupulosos.

Os gestores atentos percebem quem são os colaboradores que, apesar de comprometidos com os objetivos da empresa, mantêm intactos os seus princípios, pois estes não se vendem e nem vendem as empresas em que trabalham. Por isso, os falsos e os fracos têm vida curta nas boas empresas.

Quem viola os princípios em que acredita para conquistar ou para não perder algo, já perdeu, ou melhor, já se perdeu! Nenhuma empresa honesta tem interesse por esse tipo de profissional, portanto, leitor, quando entender que o proposto ou determinado é ilegal ou imoral, não se submeta!

Para finalizar, é preciso ajustar-se à empresa, sem se corromper. Não adianta fazer coisas erradas e alegar que as fez para não perder o emprego, pois poderá perder muito mais, a credibilidade, a paz e, às vezes, até a liberdade. Lembre-se de que os seus princípios valem mais do que qualquer emprego.

 

Boa semana!

 

Antônio de Carvalho - Consultor e palestrante sobre motivação, atendimento ao cliente e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

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