Se o momento do Corinthians em campo é muito bom, fora dele está mais complicado. Nesta segunda-feira (25), o Conselho de Orientação (CORI) aprovou por unanimidade a recomendação do afastamento imediato do presidente Augusto Melo do cargo por gestão temerária.
Mesmo composto também por membros da situação, o CORI optou por recomendar a saída de Augusto Melo pelos seguintes motivos: contratos sem licitação, ausência de documentos, falta da demonstração dos balancetes aos conselheiros e a falta de balancetes auditados.
A votação foi unânime por 13 a 0. Estavam presente os dez membros trienais do CORI, além de outros três membros natos – leia a lista abaixo.
Na próxima quinta-feira (28), conselheiros do Timão vão se reunir no Parque São Jorge para votar o impeachment do presidente. Apesar da recomendação do CORI, os conselheiros são livres para votar no que consideram correto e os processão não tem ligação entre eles.
Caso a maioria dos votos seja positiva para a saída, Augusto Melo será afastado de forma imediata do cargo de presidente do Corinthians. Após isso, o primeiro vice Osmar Stabile assumiria a função da presidência de forma temporária. Além disso, caso o impeachment seja aprovado, uma nova votação será feita na Assembleia Geral de Sócios. Para isso, o presidente do Conselho Deliberativo do Timão vai precisar marcar uma data para essa possível nova reunião.
Por outro lado, caso o parecer seja pela permanência de Augusto Melo, o processo será finalizado e o presidente seguirá normalmente no cargo no Parque São Jorge. Vale lembrar que o presidente considera o movimento político como um “golpe” realizado pela oposição.
Em 26 de agosto, um grupo com cerca de 90 conselheiros de diversas chapas e alas políticas diferentes do Parque São Jorge, chamado “Movimento Reconstrução SCCP” enviou o documento com as assinaturas para Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Timão. O movimento se considera “apartidário”.
Entre os principais questionamentos do grupo, estão o patrocínio da Vaidebet e a questão da intermediação do contrato, que virou uma das grandes polêmicas da gestão de Augusto Melo.
O grupo se baseia, principalmente, no Artigo 106 – Inciso B, do estatuto do clube , que diz que “acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians” é um motivo “para requerer a destituição dos administradores (Presidente da Diretoria ou de seus Vice-Presidentes)”, além de “infringir, por ação ou omissão, expressa norma estatutária.”
Miguel Marque e Silva
Roberto Garcia Parisi
Pedro Luis Soares
Ademir de Carvalho Benedito
Alexandre Husni
Antonio Goulart Dos Reis
Andrés Navarro Sanchez
Carlos João Eduardo Senger
Duilio Monteiro Alves
Guilherme Gonçalves Strenger
Mario Gobbi Filho
Mauro de Mello Oliveira Gasparian
Roberto de Andrade Souza
Caetano Blandini
Celso de Oliveira Sobrinho
Fabio Soares Souza
Fausto Di Toti Garcia
Felipe Legrazie Ezabella
Heleno Haddad Maluf
Paulo Roberto Bastos Pedro
Pedro Luis Soares