A Prefeitura de São Paulo demonstrou em um simpósio em Belém, no Pará, como o uso da Inteligência Artificial tem ajuda a identificar indivíduos de árvores invasoras na Mata Atlântica, que demandam manejo adequado. O primeiro experimento mostrou bons resultados com a espécie Seafórtia, com dados de um voo de drone e algoritmos de IA no Parque Natural do Bororé, no extremo Sul da capital.  

O simpósio foi realizado um ano antes da COP30 e reuniu a comunidade científica internacional para discutir os avanços do Sensoriamento Remoto no mapeamento e monitoramento ambientais.  

A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente apresentou o trabalho “De Olho na Mata: monitorando a Mata Atlântica com drones e aprendizado de máquina com poucas imagens”, realizado em parceria com a University of Twente/ ITC e o Netherlands eScience Center, ambos da Holanda. 

Diversos trabalhos foram apresentados por outras instituições e pesquisadores, aplicados a outros lugares, de forma a colaborar com as ações da SVMA e expandir o uso do sensoriamento remoto no município de São Paulo.  

O evento foi organizado pela Sociedade Internacional de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (International Society of Photogrametry and Remote Sensing – ISPRS) e dedicou-se às tecnologias e aplicações de sensoriamento remoto, cobrindo uma ampla gama de tópicos relacionados, como técnicas de aquisição e processamento de imagens de satélite, até aplicações em ciências da Terra e planetárias, clima, meio ambiente e sociedade, com foco particular nas florestas tropicais. 

Organizações públicas e privadas envolvidas no desenvolvimento ou no uso de métodos de sensoriamento remoto tiveram a oportunidade de aprender sobre os últimos avanços neste campo e promover suas atividades em escala internacional. Participaram do evento as servidoras da SVMA, Alexandra Aguiar Pedro e Mariana Mendes de Sousa, demonstrando mais uma vez o protagonismo da Secretaria na incorporação das tecnologias ao serviço público.   

Entre os palestrantes, houve participação dos especialistas brasileiros Thelma Krug, vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e Claudio Almeida, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e Demais Biomas Brasileiros, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), bem como outros especialistas de outros países, como Jaime Hernández, professor na Universidade do Chile, Catherine Nakalembe, professora na Universidade de Maryland (EUA), e Jianya Gong, professor na Universidade de Wuhan (China). Além destes, foram apresentados 192 trabalhos, de 47 países.