Poucas horas após a Polícia Federal deflagrar a Operação Contragolpe, na manhã desta terça-feira, 19, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou nas redes sociais e afirmou que "por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime".
A PF prendeu um grupo de militares integrantes de uma organização criminosa acusada de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
"Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um 'gabinete de crise' integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido", escreveu o senador em seu perfil no X (antigo Twitter).
Segundo dados apurados no celular do tenente-coronel, o atentado ocorreria por meio de membros das Forças Especiais do Exército, chamados Kids Pretos, mesmo batalhão que ele fazia parte.
"Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas", completou Flavio,
Lula mostrou 'surpresa e indignação' ao ser avisado sobre operação
Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, informou que avisou pessoalmente o presidente Lula sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira, 19. "Comuniquei ao presidente, por volta das 6h30, após o cumprimento das medidas, dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice presidente. Também comuniquei ao Alckmin", disse.
Segundo Andrei informou à jornalista Daniela Lima, Lula reagiu com "surpresa e indignação" às descobertas da investigação.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas de prisão nos Estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro também acompanhou a operação. Os presos são quatro militares do Exército ligados às Forças Especiais (FE), os chamados "kids pretos", e um policial federal.
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