O povo brasileiro vai às urnas no dia 6 de outubro, domingo, para escolher os(as) prefeitos(as) e vereadores(as) dos 5.570 municípios brasileiros. Esta eleição se realiza num momento específico da história brasileira, na qual vivemos uma contradição que se expressa na existência de um governo federal liderado pelo presidente Lula, que está levando o Brasil a um novo patamar do ponto de vista econômico e social, ao mesmo tempo em que em grande parte dos estados e na maior parte dos municípios, governadores(as), deputados(as), prefeitos(as) e vereadores(as) realizam gestões e mandatos que trabalham no sentido contrário, pregando muitas vezes abertamente um boicote aos avanços que vem sendo conquistados pelo nosso país.
Os recentes indicadores socioeconômicos trazem expectativas muito promissoras para o Brasil. Somos o país com o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024, com uma alta de 1,4%, atrás apenas do Peru e dividindo a segunda posição com Arábia Saudita e Noruega, de acordo com levantamento da agência Austin Rating. Em comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB brasileiro acumula alta de 3,8%. O melhor é que este crescimento é bastante sólido, puxado pela indústria, que cresceu 1.8% no período.
De acordo com o Banco Mundial, o Brasil já ocupa a 6ª posição entre as maiores economias do Mundo. O nosso maior problema – que ocorre também na maioria dos países - é a desigual distribuição de renda, que o governo do presidente Lula vem enfrentando com programas sociais (como o Bolsa Família), políticas voltadas à melhoria da qualidade de vida da população (como Minha Casa, Minha Vida e desoneração de produtos da cesta básica), reforma tributária – para reduzir impostos para quem ganha menos e tributar de forma justa as camadas privilegiadas da população - e outras medidas.
O desemprego caiu para 6,6% em agosto, menor nível da história para o mês. A inflação está controlada, dentro da meta estabelecida, com flutuações naturais, considerando as dificuldades naturais de uma retomada de crescimento após o governo desastroso de Jair Bolsonaro.
Resultados como este levaram a agência Moody’s, uma das mais importantes agências internacionais de classificação de risco, a elevar a nota do Brasil, da Ba2 para Ba1, o que significa que nosso país está apenas um nível abaixo do chamado “grau de investimento”, ou seja, recomendação total para que todas as empresas e instituições financeiras invistam no Brasil. Lembro que nos governos anteriores do presidente Lula e no governo da presidenta Dilma, o Brasil havia alcançado esse patamar. Nunca foi sorte, sempre foi trabalho duro e políticas corretas.
Tudo isso se reflete na qualidade de vida da população e nas possibilidades de cada família para projetar planos para o futuro. Entretanto, o Brasil é uma república federativa, que não avançou ainda como deveria na configuração de um regime de colaboração em diversas áreas, sobretudo na Educação. Isto significa que as políticas realizadas pelo Governo Federal nem sempre têm correspondência no âmbito dos governos estaduais e municipais. A eleição é um momento ímpar para que a população possa mudar isso.
No Estado de São Paulo, por exemplo, assim como na Capital e também na minha cidade de Piracicaba, como poderia citar muitos outros municípios, não existe por parte dos governantes preocupação em melhorar as condições de vida da população mais pobre. Não existem programas de moradia para quem não tem casa. Ao contrário, o que se vê são reintegrações de posse, muitas vezes violentas, retirando famílias de terrenos urbanos sem qualquer utilização, sem que lhes sejam oferecidas quaisquer perspectivas de moradia digna. Isso também ocorre com a população em situação de rua.
Na Saúde, na Educação, no Transporte, em diversas outras áreas o que se vê em grande parte dos estados e municípios é a omissão do poder público, relegando estudantes e professores ao descaso, deixando sem atendimento as necessidades das mães trabalhadores, pois não existem creches com horário estendido, enquanto nos postos de saúde se formam grandes filas de esperar por consultas, exames e procedimentos que demoram meses para ocorrer.
É necessário e possível romper essa situação, colocando nossas prefeituras na mesma sintonia de trabalho que o governo do presidente Lula. Essa possibilidade está, literalmente, ao alcance da mão de cada eleitor e eleitora. Seu toque na urna eletrônica pode contribuir para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, para mais Educação, Saúde, Habitação, Transportes, Cultura, Esportes e Lazer em nossas cidades.
Vote consciente no dia 6 de outubro. Sua cidade, o estado e o país agradecem.
Professora Bebel é deputada estadual pelo PT, segunda presidenta – licenciada – da APEOESP e candidata a Prefeita de Piracicaba
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