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Duas gotas de “semancol”!

Por: Redação
02/08/2024 às 22h23

Metaforicamente falando, o “semancol” é a habilidade de perceber quando se é inconveniente ou desagradável; mas, infelizmente, não faltam exemplos de pessoas inoportunas. E, para sobreviver no mercado de trabalho, não basta ter “semancol”, é preciso mantê-lo ligado sempre.

Como o esperado é que todos tenham uma boa autocrítica, nem sempre o fato de usar o “semancol” é enaltecido; mas, em contrapartida, tanto na vida pessoal como na profissional, a falta dele incomoda bastante e, aos poucos, traz grandes prejuízos.

O uso do “semancol” pelo profissional é um sinal de sensatez, já que no competitivo mundo dos negócios, o “desconfiômetro”, como também é conhecido, vem sendo cada vez mais apreciado por patrões, dirigentes, empregados, fornecedores e clientes.

E como anda o seu “semancol” ou desconfiança quanto ao senso de oportunidade? Saiba que ele é fundamental para a qualidade dos relacionamentos interpessoais; aliás, no trabalho, em todos os níveis hierárquicos, o profissional sem “desconfiômetro” torna-se inconveniente e perde boas oportunidades, isso quando não perde também o emprego.

Apesar de tão óbvia a necessidade de se ter “semancol”, parece que algumas pessoas sofrem de uma cegueira que as impede de notar que estão atrapalhando, incomodando ou sendo desagradáveis. Para que não fique dúvida sobre essa questão; saiba que falta “desconfiômetro” a quem não percebe que está fazendo o que não deveria fazer, a quem está aonde não se aconselha permanecer ou a quem trata de assunto impróprio para o momento.

Certamente, você já se deparou e se incomodou com pessoas que falam alto demais no celular; que vão à sua casa e não percebem a hora de ir embora; que estão sempre pedindo alguma coisa e outras que quando telefonam não param mais de falar.

A sensação que você tem diante dessas situações é a mesma que o chefe ou patrão tem diante de um empregado ou colaborador sem “desconfiômetro”. Se você quer ser conhecido como um profissional sem “desconfiômetro”, reclame de tudo, fale da vida dos outros, interfira em conversas alheias, procure ouvir o que não deveria, chegue atrasado e peça sempre adiantamento de salário ou para sair mais cedo.

Nem precisa ser especialista para perceber que a falta de “desconfiômetro” macula a imagem do profissional e compromete a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Portanto, o uso adequado do “desconfiômetro” é um sinal de inteligência profissional, já que é um eficiente investimento na carreira.

Falando em investimento, ressalto que falta “semancol” ao profissional que não procura se aperfeiçoar para cada vez mais atender bem as expectativas de sua empresa e de seus clientes. Dessa forma, fugir dos treinamentos é uma nítida falta de “desconfiômetro”.

Costumo alertar para o fato de que ser participativo e interessado nos assuntos da empresa é qualidade e sinal de comprometimento, mas quem extrapola esse limite passa a ser inconveniente. Portanto, seja participativo, mas sem atropelar as posições e as funções alheias.

O gestor deve cultivar o uso do “desconfiômetro” por parte dos integrantes de sua equipe. Para isso, é preciso elogiar cada colaborador que demonstra ter “semancol”. Exemplo: “Obrigado por você ter saído da sala, pois precisava mesmo falar algumas coisas em particular com fulano”.

Leitor, para encerrar, lembre-se de que o uso do “desconfiômetro” não tem contraindicação e nem efeitos colaterais; portanto, para a saúde de sua carreira, recomendo uma dose diária de duas gotas de “semancol”.

 

Boa semana!

 

Antônio de Carvalho - Consultor e palestrante sobre motivação, atendimento ao cliente e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

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