Juliano Galisi
O senador Randolfe Rodrigues (AP), recém-filiado ao PT e líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divergiu nesta terça-feira, 30, do posicionamento oficial do próprio partido e declarou que a eleição presidencial na Venezuela foi "sem idoneidade". "Uma eleição em que os resultados não são passíveis de certificação e onde observadores internacionais foram vetados é uma eleição sem idoneidade", disse o senador à CNN Brasil.
Em nota publicada nesta segunda-feira, 29, a Executiva Nacional petista tratou Nicolás Maduro como "presidente reeleito", sem contestar a lisura do processo eleitoral no país vizinho. No texto, o PT, de forma institucional, saudou os eleitores venezuelanos e chamou o pleito na Venezuela de "jornada pacífica, democrática e soberana".
Para o senador, o regime vigente na Venezuela é "autoritário" e "tanto Maduro quanto a oposição carecem de legitimidade".
Randolfe é líder do governo Lula no Senado desde janeiro de 2023 e se filiou ao PT em 18 de julho, após passar mais de um ano sem estar filiado a nenhum partido político.
O senador se desligou da Rede Sustentabilidade em maio de 2023, por divergências com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também é dirigente da Rede.
Ao divergir do posicionamento oficial do PT, Randolfe também vai na contramão de colegas de partido, como a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional da sigla, que replicou a nota oficial da legenda em seu perfil do X (antigo Twitter).
Além dela, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, reafirmou a lisura da eleição venezuelana e criticou o candidato de oposição que estava na disputa, Edmundo González Urrutia.
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