Após o fim do Carnaval é que dizem que o ano verdadeiramente começa. E isso de fato se dá principalmente em relação as eleições municipais. E recentemente aconteceram alguns fatos que podem ser decisivos para o pleito, onde há fortes dúvidas sobre se o debate de polarização é que irá prevalecer ou se o debate municipal. Na quinta-feira da semana passada, a Polícia Federal fez uma operação para investigar uma tentativa de golpe de Estado.
Entre os alvos, estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares de alta patente, quatro ex-ministros e ex-assessores do governo Bolsonaro.
A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. A Operação Tempus Veritatis -- que em latim quer dizer "hora da verdade" - foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes com o aval da Procuradoria-Geral da República. Um dos presos foi o presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, pois além de estar com uma arma com registro vencido e em nome de outra pessoa, foi preso em flagrante (já foi liberado) porque também tinha em casa uma pepita de ouro.
Costa Neto não apresentou a documentação da pepita. A ação sobre Valdemar Costa Neto, poderá ter um impacto direto nos planos para as eleições municipais deste ano e até mesmo para atuação do partido no Congresso Nacional.
Uma das principais medidas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal ao qual está ligada a operação, é que os envolvidos na investigação não conversem ou tenham qualquer tipo de contato entre si. Isso inclui Bolsonaro e o presidente de seu partido.
A impossibilidade de coordenação da ação política entre o presidente do partido e quem deveria ser seu principal cabo eleitoral (Jair Bolsonaro) pode afetar diretamente o desempenho sonhado por Valdemar para o PL nas eleições deste na.
De outro lado, foi divulgada uma pesquisa, encomendada por membros do governo, onde consta que a aprovação do governo Lula (PT, foto) teria subido três pontos percentuais entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, passando de 59% para 62%. A pesquisa foi divulgada pelo jornal O Globo. Chamado de “minicenso”, o levantamento foi produzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da agência FSB, e foi apresentado à Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Ao todo, 21.515 entrevistas domiciliares foram realizadas, entre os dias 6 e 30 de janeiro. Em dezembro, a mesma pesquisa indicava aprovação de 59% dos entrevistados e desaprovação de 32%. A melhora dos índices em janeiro é comemorada pelo Planalto como resultado da entrega de políticas públicas e da capacidade de consumo da população.
De acordo com a pesquisa, o pior momento quanto à percepção do público sobre o governo pode ter ficado para trás. Em maio do ano passado, os índices daqueles que gostam e dos que criticam o governo seguiam muito próximos, marcando 50% e 40%, respectivamente. Resta saber os impactos de ambos os resultados nas eleições deste ano, tanto das operações da PF sobre Bolsonaro, como das reações do governo Lula. Seguiremos acompanhando!
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