Oito escolas serão beneficiadas por projeto realizado pelo Grupo Primavera, que capacita profissionais a trabalhar com bonecos confeccionados pela organização
Com a participação de 60 educadores sociais de oito escolas, a organização Grupo Primavera inicia, em Cordeirópolis, a primeira etapa do projeto Teatro de Fantoches, voltado à valorização da infância e ao uso dos bonecos como instrumento importante na prática pedagógica. Aproximadamente 740 crianças de escolas municipais serão beneficiadas pelo projeto. A iniciativa está acontecendo também em Campinas e Valinhos.
Aprovado pela Lei Rouanet, o Teatro de Fantoches foi criado pelo Grupo Primavera e utiliza o lúdico no processo de aprendizagem, permitindo aos educadores direcionar atividades de acordo com a faixa etária e a capacidade da criança. O projeto, já realizado em 15 cidades brasileiras, conta na edição de 2023 com o patrocínio das empresas DHL, EagleBurgmann, LibraPort, TozziniFreire Advogados, Pronutrition, Cerâmica Carmelo Fior e Fundação Educar.
Nesta etapa, os educadores de Cordeirópolis participarão de capacitação teórica e prática para uso dos fantoches. Serão realizadas capacitações nos dias 09 e 23 de agosto e no dia 25 de outubro, sempre das 17h às 20h, na Escola Geraldo Apparecido Rocha, localizada à Rua dos Cravos,145, Jardim Eldorado, e os educadores receberão um certificado com a carga horária realizada. A capacitação é o momento de chamar a atenção e encantar os educadores por ser o primeiro contato com os bonecos. Com um kit completo de fantoches produzido pelo Primavera, formado por 16 bonecos, os profissionais estarão aptos a utilizar diferentes métodos de manipulação e contação de histórias. Será então o momento de surpreender as plateias de crianças.
“O objetivo do projeto é capacitar o agente cultural para que, com o uso dos fantoches, desenvolva com as crianças a aprendizagem, criatividade, socialização, respeito, expressão oral e artística, com interação e imaginação constantes, por meio da contação de histórias, confecção e manuseio dos fantoches e, também, de pesquisa e criação das histórias e apresentações teatrais”, explica a gestora executiva do Primavera, Ruth Maria de Oliveira.
Nas mãos do professor e da criança, os fantoches são um instrumento poderoso: ao usá-lo, o brinquedo cria vida e consegue entrar na imaginação da criança de forma rápida e prazerosa. “Levar essa experiência à sala de aula pode atrair a atenção, despertando o interesse, a motivação e o envolvimento no conteúdo abordado. “O que fazemos é apresentar o projeto de forma alegre e lúdica para cativar o educador com o material e, na etapa seguinte, ele irá encantar seus alunos”, diz a gestora da instituição.
Na capacitação, os educadores são apresentados inicialmente aos tipos de fantoches existentes, a forma de manipular, os cenários, as posições do narrador e dos personagens. Na sequencia, ingressam no mundo dos fantoches e das histórias, entendendo como abordar cada tipo de história na sala de aula. Segundo Ruth Oliveira, “trabalhar com fantoches não é somente manipular o boneco, cantar uma música ou mesmo brincar com eles. Envolve técnicas de narração oral cênica, entendendo o processo de interatividade com o público e a criatividade na construção e adaptação de histórias”.
Sobre o Grupo Primavera
Em 41 anos de existência, o Grupo Primavera atingiu a marca de mais de 11 mil atendidos por meio de seus programas de educação complementar, cultural e profissional, com o objetivo de reduzir os riscos sociais aos quais estão expostos, capacitando-os e trabalhando para torná-los cidadãos ativos na sociedade. Oferece aos atendidos conteúdos pedagógicos inovadores e princípios relevantes como pontualidade, respeito, participação, colaboração, organização, disciplina, iniciativa e empreendedorismo.
A instituição, fundada em 1981, recebe crianças, adolescentes e jovens de 6 a 18 anos do entorno do Jardim São Marcos. O ingresso no Primavera segue critérios como perfil socioeconômico vulnerável e a necessidade dos atendidos estarem matriculados na rede pública de ensino.